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A tecnologia é um ponto de virada no Comércio Exterior?

Melhorias tecnológicas têm potencial para aumentar a eficiência e abrir novos mercados

Renato Figueiredo (*)

As empresas brasileiras que lidam com Comércio Exterior têm adotado diferentes níveis de tecnologia em seus processos, e algumas se encontram em etapas avançadas de transformação digital, enquanto outras ainda têm muito espaço para melhorar. Claro, é natural que as grandes organizações e as empresas líderes em seus setores estejam mais avançadas nesse quesito. Dessa forma, ainda há um longo caminho a percorrer para alcançar o nível de tecnologia utilizado por companhias de outros países.

No entanto, existem sinais de que a situação está mudando, com uma crescente conscientização sobre a importância da tecnologia e investimentos crescentes em soluções tecnológicas para melhorar a eficiência e a competitividade. Um novo levantamento realizado com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior revelou que, em 2022, o Comércio Exterior brasileiro bateu recordes em importação e exportação, somando US$ 607,7 bilhões de dólares negociados no período anual. As importadoras e exportadoras brasileiras conseguiram, apesar da instabilidade do cenário mundial, preservar o fluxo contínuo das operações. E é claro que, sem o uso ativo da tecnologia, esse crescimento não seria possível.

Dinamização de processos no Comércio Exterior
A dinamicidade dos processos é imperativa quando falamos de Comércio Exterior. Em um cenário global extremamente competitivo e volátil, processos ágeis permitem que as empresas se adaptem rapidamente às alterações no mercado, nas legislações e outras variações da economia mundial. Para que um negócio tenha alta capacidade de adaptação, de modo a prevenir riscos efetivamente e lidar com os desafios futuros, as empresas precisam contar com processos cada vez mais dinâmicos. E, neste ponto, a tecnologia é implacável.

Por meio dela, é possível agilizar processos no Comércio Exterior principalmente através da utilização de sistemas de gestão capazes de automatizar tarefas. Estes sistemas permitem que informações e documentos sejam compartilhados e gerenciados de forma mais eficiente e segura, reduzindo o tempo e o custo de processos manuais. Vale ressaltar, também, que estes softwares contribuem com uma visão privilegiada da cadeia de suprimentos, facilitando a identificação de problemas antecipadamente e garantindo uma atuação mais segura e eficiente.

Tecnologia consegue aliar segurança à agilidade
Os negócios sempre foram moldados pela tecnologia, mas o rápido desenvolvimento das tecnologias digitais nos últimos tempos tem o potencial de transformar profundamente o Comércio. Aumentar a eficiência e a agilidade dos processos comerciais é, de fato, um divisor de águas para as empresas do setor, porém, a segurança não pode, em possibilidade alguma, ficar de fora desta equação.

As tecnologias digitais, especialmente no que se refere aos softwares de gestão, podem ajudar as empresas a elevarem o nível de segurança de suas operações significativamente. Um software de gestão bem desenvolvido pode fornecer uma visão centralizada e segura de todas as operações comerciais, incluindo a gestão de riscos, controle de documentos, gestão de cobranças e pagamentos, entre outras. Além disso, esses sistemas geralmente possuem recursos de criptografia avançada e autenticação de usuários que protegem contra acessos não autorizados e garantem a privacidade e integridade dos dados.

Para finalizar, acredito que é importante sintetizar uma resposta simples e objetiva para a pergunta que intitula este artigo: sim, a tecnologia é um ponto de virada na gestão do Comex. Estamos diante de um momento de grande transformação, em que as empresas pequenas e médias estão conseguindo contar com soluções tecnológicas de ponta por custos reduzidos. Com isso, a competitividade desse mercado se acirra, por outro lado, esse momento marca um cenário repleto de oportunidades para o setor.

Acredito que, ao longo deste ano, mais empresas vão aderir à transformação digital e, assim, é possível estipular que os números do Comércio Exterior brasileiro continuem tão positivos como em 2022!

(*) É Diretor Comercial na eCOMEX NSI.

Renato Figueiredo
Chief Sales Officer | + posts

Renato Figueiredo é Diretor Comercial na eCOMEX NSI.

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