Suporte tecnológico é trunfo estratégico e operacional, por um ambiente tributário capaz de acompanhar atualizações e encabeçar decisões assertivas
Com o ‘andar da carruagem’ da Reforma Tributária, que atesta seu primeiro ano de operacionalização, com novas resoluções e debates batendo à porta do meio público e privado do nosso país, todos os olhares estão direcionados para como as mudanças propostas afetarão setores importantes da economia brasileira, como é o caso do Comércio Exterior.
Para o comex, temos até um atenuante maior, que é o histórico de excesso de burocracia e lentidão no emaranhado operacional, que, por muito tempo, serviu de entrave para o crescimento do setor e o desenvolvimento de novos negócios. Felizmente, hoje, a modernização tem avançado sobre a área, com iniciativas verdadeiramente promissoras.
Entretanto, isso não isenta importadoras e exportadoras de desafios relevantes para a recepção da Reforma Tributária, com todas as complexidades ligadas a um longo período de transição – e coexistência com o regime atual. Na prática, com a readequação de tributos, seguindo compromissos de unificação e simplificação, é esperado que reflexos consideráveis avancem sobre vertentes essenciais a empresas da área, como a própria legislação aduaneira e a cobrança de taxas.
Fato é que regras majoritárias, alíquotas e novas obrigações fiscais deverão protagonizar o novo cenário tributário do país. Temos o exemplo contundente do Imposto Seletivo (IS), ou “Imposto do Pecado”, que alerta para uma possível oneração sobre a cadeia de exportações, com novas imposições regulamentárias no mercado de consumo.
Amplamente inseridos nesse contexto, gestores e profissionais do Comércio Exterior têm duas alternativas para lidar com a chegada da reforma e sua operacionalização: aguardar por conclusões mais completas, agindo para recalcular rotas com o ‘carro em movimento’, ou se preparar de antemão, criando um espaço maduro e modernizado para absorver demandas, mitigar riscos e enfrentar desafios. A escolha parece óbvia, e é. Especialmente pelo prestígio alcançado e demonstrado pela tecnologia aplicada ao comex.
Tecnologia traz eficiência e inteligência tributária
De modo geral, a tecnologia surge como uma oportunidade para que empresas ‘organizem a casa’ no departamento tributário, assumindo, também, uma postura preventiva quanto ao quadro que se desenha para a tributação no Brasil. Trazendo mais previsibilidade e controle, softwares especializados nas demandas fiscais de importação/exportação atuam diretamente na eficiência desses processos.
Sistemas automatizados, por exemplo, podem assumir a atualização e o cálculo de alíquotas e impostos sobre importadoras e exportadoras, estendendo sua utilidade para outras atividades rotineiras, como o preenchimento de formulários fiscais. Na esteira de uma cultura de Compliance, essas mesmas plataformas podem gerar relatórios de conformidade, agilizando etapas e reduzindo a ocorrência de erros naturais ao manuseio humano.
Os profissionais, por sinal, encontram nesse cotidiano operacional aprimorado um porto seguro para tomar decisões mais conscientes e assertivas, seguindo referenciais seguros. Logo, temos um sistema bem definido de inteligência tributária, com a tecnologia assumindo tarefas mais secundárias e os colaboradores, com mais tempo hábil e autonomia, centralizando os esforços em finalidades estratégicas.
As complexidades impostas pela introdução da Reforma Tributária não precisam, definitivamente, se tornar uma celeuma para importadoras e exportadoras. É possível agir, com eficiência para conduzir os processos tributários e mais inteligência para etapas de cálculos e atualizações, sempre em sinergia com os impostos e as alíquotas estabelecidas. Dessa forma, empresas do comex terão plenas condições de preservar seus desempenhos e aspirar uma competitividade bem-vinda no âmbito internacional, tendo a tecnologia como aliada indispensável.
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Vivian Baratto