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Por que a DUIMP é um marco para a importadoras brasileiras?

Reflexo de um momento de transformação no Comex brasileiro, a DUIMP carrega um potencial inegável de simplificação e foco na eficiência

Nos últimos anos, o Comércio Exterior tem caminhado de mãos dadas com a inovação no Brasil. E já era tempo, afinal, temos um cenário histórico de grandes dificuldades para que o setor se desenvolva com celeridade, livre de um excesso de burocracia altamente prejudicial. Acompanhando uma mudança global, novidades tem permeado a esfera governamental para que essa comunicação entre público e privado ocorra de maneira fluída, estimulando o crescimento de importadoras e exportadoras.

Neste período – olhando para o presente e projetando o futuro –, a criação da DUIMP (Declaração Única de Importação), etapa pertencente ao NPI (Novo Processo de Importação), pôde ser visualizada como um verdadeiro marco para a realidade de inúmeras importadoras brasileiras. Por razões que vão desde a centralização de todas as informações pertinentes ao processo de importação à facilitação de licenciamentos, é fato que a DUIMP traz consigo um forte viés de desburocratização, servindo de antídoto para uma dor perpetuada em nosso sistema de Comex.

Substituindo as atuais DSI (Declaração Simplificada de Importação) e DI (Declaração de Importação), o novo modelo de declaração ainda não é obrigatório, estando inserido em um cronograma estipulado pelo Governo Federal, no Portal Único Siscomex. Porém, para empresas que desejam aproveitar seus benefícios e pavimentar um terreno operacional ancorado em pilares de eficiência, agilidade e transparência, o momento é bastante atrativo para entendermos como e onde a DUIMP pode ser aproveitada.

A desburocratização na prática

A transformação do Comércio Exterior brasileiro tem origem em diversos fatores. Podemos citar a utilização de Regimes Aduaneiros Especiais, estes que visam potencializar a competitividade do segmento, bem como a migração de engrenagens relevantes da área para o ambiente digital.

Com a DUIMP, além de termos mais velocidade na entrada de mercadorias no Brasil e uma inserção única de informações, os importadores ganham previsibilidade e fortalecem o controle sobre o movimento dos produtos, compilando dados aduaneiros, financeiros, tributários, entre outras naturezas relevantes para boa condução da cadeia operacional. Para que essas contribuições provoquem efeitos reais, de forma profunda e satisfatória, porém, também é aconselhável que organizações interessadas redefinam determinadas atividades. Neste aspecto, a tecnologia ganha uma notoriedade inquestionável.

Onde a tecnologia entra na equação?

Com base nas propostas estabelecidas pelo NPI, exemplificadas pela DUIMP, a mudança deverá ser absorvida pelas importadoras. Isso significa, em outras palavras, a necessidade de se conduzir transformações no âmbito interno, de modo a preparar um terreno digital capaz de abraçar todos os benefícios estipulados, com excelência tecnológica e uma abordagem inovadora sobre os dados armazenados e manuseados. Soluções especializadas, desenvolvidas para atender a demandas exclusivas do Comércio Exterior, despontam como alternativas promissoras, podendo impactar vertentes importantes, como é o caso da classificação correta dos produtos.

Em síntese, entendo ser plausível designar à transformação do Comex a um processo de via dupla. A DUIMP, assim como outros módulos do Novo Processo de Importação, como o Catálogo de Produtos, é uma ferramenta bem-sucedida em eliminar gargalos no fluxo de informações e aproximar importadoras e órgãos competentes, oferecendo dinamismo, reduzindo a redundância e demonstrando, com fidelidade, o potencial da inovação no Comércio Exterior. Por outro lado, as empresas brasileiras não devem, em nenhuma hipótese, delegar essa onda de reformulação somente à anuência federal. Sem dúvidas, é possível agir, introduzindo a tecnologia como uma aliada estratégica na busca por mais competitividade no cenário internacional.

Divulgado em:

  • Economia SP: www.economiasp.com
Ramon Batistella
Value Propostion Director

Prata da casa, Ramon, tem mais de 20 anos de experiência em gerenciamento de projetos, consultoria, desenvolvimento de software, implementação de sistemas, gerenciamento de mudanças e melhorias de processos de negócios em várias funções voltadas para o cliente.

 

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