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Transformando a gestão de Comércio Exterior

Marcado por entraves históricos, o setor está abraçando a inovação! Sua empresa pode e deve fazer parte desse momento de transição para o digital.

O histórico do Comércio Exterior brasileiro é marcado por problemas os quais, por muito tempo, tiraram o sono de inúmeras importadoras e exportadoras, seja pelo excesso de burocracia, por exigências impostas por um sistema tributário calcado na complexidade, ou, até mesmo, por um reduto de informações e documentos incidente sobre todas as etapas que cercam a atuação de uma empresa da área. E, por muito tempo, organizações inseridas nesse contexto depositaram suas expectativas em sistemas pouco efetivos, que demandavam a participação exaustiva de profissionais e não entregavam a assertividade e nem a conformidade desejada. Logo, criou-se um espaço extremamente propício para que o Comex fosse alvo de melhorias significativas. Felizmente, essa projeção tem caminhado, a passos acelerados, para se tornar realidade no país.

Se outrora, as dificuldades do segmento eram equivalentes ao potencial de desenvolvimento e impacto econômico do Comércio Exterior, o presente nos dá sinais positivos de que a superação de entraves históricos está ao alcance de pequenas, médias e grandes importadoras e exportadoras, sendo possível, sem dúvidas, olharmos para o futuro com cada vez mais otimismo.

No âmbito federal, temos iniciativas que merecem destaque, como é o caso do Portal Único Siscomex, que hoje representa um marco para a comunicação e a fluidez do Comércio Exterior nacional, utilizando a tecnologia para unificar processos, integrar informações e centralizar demandas em um só lugar, de maneira simplificada e segura. Não por acaso, o projeto tem focado em mudanças relevantes, a exemplo da DUIMP (Declaração Única de Importação), declaração eletrônica criada para que processos de despacho aduaneiro sejam realizados de forma simples e menos burocrática. Seguindo o princípio de estimular a comunicação entre órgãos competentes e fomentar a produtividade de seus usuários, a DUIMP é mais um reflexo de que os tempos mudaram para o Comex. Mas se tudo isso (e muito mais) está sendo elaborado no âmbito governamental, o que as empresas podem fazer? Permanecer paradas, com certeza, não é uma opção aconselhável. Explico o porquê.

Tecnologia transforma gestão de comex em todas as frentes

As iniciativas realizadas para atribuir mais eficiência e celeridade aos processos no Comércio Exterior é inegavelmente bem-vinda. Porém, isso não isenta o setor de desafios importantes. Recentemente, o Estudo de Tempos de Liberação de Cargas indicou que cerca de 85% do tempo total de exportação é gasto na etapa relacionada à cadeia logística. Para um segmento que precisa, de modo categórico, reduzir seu tempo gasto com obstáculos operacionais, esse é um dado, no mínimo, alarmante.

A logística pode, de fato, ser um “calcanhar de Aquiles.” Assim como a falta de segurança e organização no volume de informações gerado pelas empresas, a baixa efetividade de operações apoiadas por plataformas manuais, e, ainda, a dificuldade de se acompanhar mudanças promovidas em prol de um ambiente de maior competitividade e dinamismo.

Para descomplicar a gestão de comex, é preciso, antes de qualquer coisa, designarmos a devida importância à tecnologia e sua aplicabilidade em operações de importação e exportação. Não é sobre uma tendência passageira, mas um antídoto que tem se mostrado altamente eficaz no diagnóstico e enfrentamento de todos os problemas ligados ao Comércio Exterior, Brasil à fora.

Em síntese, a automação segue o precedente da simplificação, assumindo engrenagens críticas para a boa condução de processos. Dentro de um terreno digital, o gestor tem todas as condições de reduzir gargalos logísticos, alocar os dados em sistemas seguros e fornecer aos profissionais referenciais analíticos de alto valor estratégico. Além do salto na produtividade, visto que a digitalização será executada em softwares especializados e os colaboradores contarão com tempo hábil para pensar estrategicamente, a empresa dá um passo determinante por um espaço de integração, conformidade e expertise para abraçar novos mercados. Isso implica, evidentemente, na escolha de uma ferramenta completa, capaz de suprir todas as dores do negócio.

Por fim, entendo que o momento é extremamente promissor para que processos antigos e onerosos, tão recorrentemente citados em nosso Comércio Exterior, acabem, de uma vez por todas, totalmente superados. Os órgãos competentes dão sinais de que a tecnologia chegou para ficar, e afirmo, com convicção, que importadoras e exportadoras brasileiras devem abraçar essa oportunidade e visualizar a tecnologia como uma aliada para conquistas que façam jus ao protagonismo do comex brasileiro.

Divulgado em:

  • Monitor Mercantil: www.monitormercantil.com.br
Andre Barros
CEO at eCOMEX NSI | + posts

O executivo possui mais de 20 anos de experiência no segmento de Comércio Exterior. Possui vasta experiência no desenvolvimento e entrega de novos produtos e serviços e na transformação e gestão de negócios.

 

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