Por André Barros, CEO da eComex & D2P
O recente aumento nas tarifas de importação praticadas pelos Estados Unidos contra o Brasil gerou uma onda de incertezas, manifestações e preocupações sobre os possíveis impactos que a medida deve gerar para empresas que atuam no comércio exterior.
Afinal, em um cenário acirrado de disputas comerciais, qualquer aumento de tarifas de um país para outro é capaz de gerar efeitos diretos nas cadeias de suprimentos globais.
No primeiro semestre deste ano, a briga comercial entre Estados Unidos e China foi uma prova disso.
Na época, a restrição ao comércio entre duas potências econômicas acendeu o alerta sobre uma possível busca de ambos os países por novos parceiros comerciais. Naquele cenário, países exportadores, como o Brasil, vislumbravam uma oportunidade de se beneficiar dessa realocação, sobretudo no fornecimento de commodities. Até porque nenhum outro país na conjuntura atual é capaz de suprir integralmente a demanda anteriormente atendida pela China.
Além disso, o fechamento parcial do mercado norte-americano à China também estimulou um reposicionamento logístico da própria China, que passou a intensificar relações comerciais com outros países.
Nesse processo, o Brasil ganhou relevância como parceiro estratégico, mesmo ainda mantendo uma pauta de exportações baseada em produtos de baixo valor agregado, como soja, minério de ferro e óleo vegetal, enquanto importa bens de maior complexidade tecnológica. Outro ponto que merece destaque por reforçar a necessidade urgente de diversificação da pauta exportadora brasileira.
Em um ambiente global volátil e competitivo, a adoção de tecnologias emergentes tem se consolidado como um elemento estratégico não só para que organizações, mas para que nações inteiras enfrentem incertezas, otimizem processos e identifiquem novas oportunidades de mercado.
Tecnologia como pilar da eficiência e resiliência
Neste contexto, a adoção de tecnologias como inteligência artificial, automação, análise de dados e digitalização de processos se apresenta como um diferencial competitivo indispensável para o comércio exterior. Essas soluções possibilitam o monitoramento em tempo real da cadeia logística, simulação de rotas alternativas e redução de custos operacionais.
Ferramentas como robôs de captura de documentos e sistemas inteligentes de gestão contribuem para liberar equipes de tarefas repetitivas, permitindo foco em inovação, estratégia e novos negócios. A automação de processos, especialmente durante momentos de instabilidade política e econômica, já demonstrou ser determinante para a continuidade das operações e para o reposicionamento de empresas no mercado global.
O cenário atual impõe às empresas uma necessidade crescente de adaptação e agilidade. A incorporação de tecnologia nos processos logísticos e operacionais deixa de ser uma opção e passa a representar um requisito fundamental para a competitividade internacional. Ao mesmo tempo, a reconfiguração das relações comerciais globais cria oportunidades para o reposicionamento de economias emergentes como o Brasil, desde que estejam dispostas a enfrentar desafios estruturais de longo prazo.
Investir em inovação, diversificação da pauta exportadora e modernização da indústria será essencial para ampliar o protagonismo brasileiro no comércio internacional. Em um mundo cada vez mais interdependente e digitalizado, a capacidade de integrar dados, tecnologia e estratégia será o principal diferencial entre empresas que apenas sobrevivem e aquelas que, de fato, lideram.
Fonte: Jornal Tribuna
Fundada em 1986, a COMEX, pioneira em desenvolvimento de aplicações para gestão de processos de comércio exterior. Primeira empresa no Brasil a integrar seus aplicativos aos principais sistemas ERPs do mercado e a disponibilizar uma aplicação 100% WEB para gestão do comércio exterior.
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